Turismo na Rota do Sal


Postado por Clistenes | 16/08/2023

O Rio Grande do Norte é responsável pela maior parte de todo o sal comercializado no Brasil, o que gera empregos diretos, indiretos e ainda oportunidade para o turismo potiguar

O sal é um ingrediente importante para dar mais sabor à comida. Mas, você sabia que o sal também pode dar mais “sabor” ao turismo no Rio Grande do Norte? O projeto Rota do Sal foi criado em 2017 pela Socel Indústria Salineira para difusão do sal marinho potiguar, umas das principais atividades econômicas do estado. É um turismo diferente que tem contribuído para que muitos estudantes e demais pessoas interessadas conheçam de perto todo o processo de produção do sal marinho. Quem visita a salina, além de encher os olhos com uma paisagem linda, também sai satisfeito de conhecimento. 

Sobre esse assunto, a Revista Acontece conversou com Andrea Rosado, empresária e proprietária da Socel, que transformou um sonho do pai, Tasso Rosado, em realidade. A princípio, o intuito de levar visitantes à salina seria apenas pedagógico, para aproximar a sociedade da atividade salineira, mas, a ideia cresceu e hoje abarca também o turismo de negócios e de lazer. “Meu pai sempre foi um empreendedor muito visionário e defendia que os empresários tinham que estar mais próximos do mundo acadêmico. Ele mesmo sempre buscou muito as universidades para manter esse elo entre a atividade salineira e as universidades”, fala Andrea.

Andrea destaca que o projeto é uma ação de responsabilidade social da empresa salineira, já que a visita é totalmente gratuita para quem desejar conhecer o processo de produção do sal marinho. “A Socel disponibiliza um guia turístico que a gente treinou, capacitou, e ele tem total conhecimento em todo o processo de produção do sal. Vindo para Mossoró, os turistas tem um lugar muito bonito para conhecer e de suma importância para a economia do estado”, informa.

Quem visita a salina tem a oportunidade de acompanhar todo o processo de produção do sal, desde o bombeamento das águas do mar, passando pelo percurso das águas, cristalização, até o beneficiamento do sal. Além disso, os turistas têm a oportunidade de conhecer ainda todo o ecossistema salineiro que são elementos naturais importantes para melhorar a qualidade do sal.

A maior parte dos turistas que visita a Rota do Sal são estudantes de escolas e universidades daqui do Rio Grande Norte e de estados vizinhos, como Paraíba, Ceará, Pernambuco. Porém, visitantes de todo o Brasil procuram a salina. E não é só para conhecer o processo de produção salineiro. Andrea fala que a salina já recebeu turistas de todo o Brasil, com finalidade de fazer turismo de negócios, lazer e até mesmo ensaios fotográficos já foram feitos entre as montanhas de sal. “No turismo de negócios a gente já recebeu algumas empresas que vieram fotografar para lançar suas coleções de moda a nível nacional. Estamos sempre abertos para todos os tipos de públicos tomando todos os cuidados para a segurança alimentar e de vida”, afirma Andrea.

Andrea ressalta o sentimento de felicidade por ver o projeto da Rota do Sal dar tão certo. “Eu sou muito grata. O sentimento é de muita gratidão por estar contribuindo com a memória de papai. Ele partiu, mas, pra mim, a memória dele está viva porque estamos realizando um sonho dele”, diz.

O impacto da atividade salineira da economia potiguar é imensurável

O Rio Grande do Norte tem as condições essenciais para a produção do sal: clima, vento, sol e solo propício para a evaporação da água. Por isso, cerca de 95% de todo sal marinho consumido no Brasil é produzido em terras potiguares. Andrea Rosado fala que a maior parte da produção se concentra em Mossoró, Areia Branca, Grossos e Macau.

A importância do sal para a economia potiguar é tão grande que os ganhos são praticamente incalculáveis. Isso porque a atividade gera diretamente 20 mil empregos diretos, mas, também possibilita
muitas outras oportunidades indiretas. “O impacto é muito forte na economia dessas cidades, beneficiando muitas famílias. Muitos negócios e empregos são oportunizados em função da atividade salineira. Por dia, saem mais ou menos trezentos caminhões carregados de sal”, explica Andrea.

Parceria entre governo e iniciativa privada pode fomentar o turismo no RN

Que o Rio Grande do Norte tem potencialidades turísticas que vão muito além das praias da capital, ninguém duvida. Para Andrea Rosado, falta maior incentivo para que o turista seja informado sobre essas potencialidades. “A gente precisa levar essa informação até as feiras de turismo para que as agências de viagem de fora também tenham esse conhecimento. Que não só as lindas praias que temos no entorno da nossa capital, mas que também no interior do estado nós temos muitas belezas naturais, muitas riquezas”, ressalta.

Andrea fala com propriedade quando o assunto é fomento do turismo porque é vice-presidente do Birô Convention, entidade voltada exclusivamente para o desenvolvimento do turismo e que apoia a parceria entre governo e empresas privadas. “A iniciativa privada tem que trabalhar com a iniciativa do governo. Precisamos ter boas estradas, uma infraestrutura para o turismo. Porque o turista gosta de chegar e ter serviços de excelente qualidade. Precisa o poder público chegar junto da iniciativa privada”, diz.

Fonte: Revista Acontece – Edição de Junho de 2023. 

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