Como lidar com a ansiedade nas últimas semanas antes do Enem?


Postado por Clistenes | 26/10/2022

Especialistas potiguares afirmam que ter uma rotina de estudos bem definida, praticar atividades de lazer e contar com o apoio da família são pontos cruciais para a saúde mental dos candidatos

Baixa autoestima intelectual. Ansiedade ao fazer simulados. Falta de concentração nas aulas. Esses são alguns dos sentimentos que os mais de 3 milhões de candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) podem ter à medida que as datas da prova se aproximam. O Exame avalia anualmente o desempenho dos alunos ao fim da escolarização básica, e através das suas notas, estudantes que concluíram o Ensino Médio podem garantir a tão sonhada vaga em universidades públicas de todo o país. Devido à alta concorrência, expectativa dos familiares e o próprio pensamento de que o futuro pode estar se desenhando através da prova, a ansiedade se torna um fatores comum no cotidiano de uma parcela dos candidatos que sonham com a ascensão ao ensino superior.

Esse dilema faz parte do cotidiano de Sofia Pinheiro, potiguar de 18 anos e estudante do último ano do ensino médio, ela sonha com uma vaga no curso de Economia em uma universidade pública. Ter que conciliar a sua rotina de aprendizagem na escola somada aos estudos para o Enem são fatores que a deixam ansiosa. Apesar das suas dificuldades, a jovem não esmorece e afirma que está confiante nesta reta final.

“Faltando menos de um mês para a prova, é impossível não se sentir ansiosa. O que está me ajudando muito é manter contato com os meus amigos que estão nesta mesma fase, pois consigo perceber que não sou a única que está nervosa, que esse sentimento é normal a todos que se dedicaram durante todo o ano para o Enem. Estar sempre em contato com a minha família e ter momentos de descontração me acalmam bastante e tem me ajudado a ficar mais tranquila, apesar da pressão que a gente acaba sentindo nessa reta final”, relata a estudante.

A preocupação dos candidatos, assim como a da jovem Sofia, não deve ser focada na extrema absorção de novos conteúdos programáticos, mas sim em manter na memória aquilo que foi estudado durante o ano e, claro, em manter o controle emocional, como aponta o Psicólogo Infanto-juvenil, Geraldo Cavalcanti. “O aluno precisa ter em mente que na reta final não há como correr atrás de todos os seus pontos de melhoria. Para que ele se sinta confiante, os seus pontos fortes precisam ser estimulados. Dessa forma, pensamentos disfuncionais não serão uma realidade no cérebro do vestibulando”, analisa o profissional.

Uma técnica bastante utilizada pelos alunos nas últimas semanas antes da prova é a realização de simulados. Tal método também é visto por Flora Assaf, Diretora Pedagógica da Kaizen, empresa potiguar de mentoria educacional, como uma excelente forma para praticar o foco, a concentração e, consequentemente, reduzir a ansiedade.

“Nós precisamos treinar a nossa mente para estar presente e um dos fatores que mais prejudica a nossa atenção é a cobrança excessiva e o estresse ligados ao nível de exigência. Então, o jovem precisa praticar as questões focando na forma em que irá resolver a prova, criando uma estratégia, ver se está organizando bem os dados e se fazer presente durante a prova, pois quanto mais presente e atento à prova, menos gatilhos ou pensamentos disfuncionais ele terá”, ressalta Flora.

Além disso, Geraldo defende um fator indispensável para a rotina dos candidatos: a inserção de práticas complementares à programação de estudos, como exercício físico e atividades de lazer. “A repetição sem descanso leva a exaustão, por isso é essencial que o aluno tenha espaços de tempo em que faça atividades que gosta para que a mente e corpo relaxem e, assim, ele consiga chegar na prova tranquilo”, aconselha o psicólogo.

Ele completa sobre outro fator primordial que está diretamente associado à memória: o sono. E explica que é durante o momento de descanso que o estudante vai armazenar as informações que aprendeu ao longo do dia, portanto, se o aluno não tem uma noite de repouso tranquila, o seu rendimento no dia posterior não será o mesmo, prejudicando o seu aprendizado.

“Os candidatos ficam no anseio de estudar cada vez mais nessa reta final e deixam o sono em segundo lugar, acreditando que assim conseguirão aprender mais. No entanto, o que acontece é exatamente o contrário, o aluno que estuda exaustivamente e dorme pouco, não tem um bom rendimento pois, se ele não cumpre bem as noites de sono indicadas, o seu rendimento durante o dia não será satisfatório, e, consequentemente, isso vai trazer inseguranças, prejudicar a autoestima e gerar ansiedade”, adverte Geraldo.

Para que o estudante se livre um pouco dessa pressão, o apoio da família também é fundamental, aponta Flora Assaf. “O momento de incentivo aos estudos e de evidenciar a importância da dedicação e disciplina ao Exame é no começo do ano. Nesta reta final, é importante dar apoio e se mostrar como um ponto de suporte valioso ao estudante. Ser aquela pessoa que ele sabe que pode acolhê-lo independente do que aconteça”, afirma a Diretora Pedagógica da Kaizen.

“A expectativa da família pode se tornar um fator estressor para o aluno. Os pais precisam conter um pouco esse sentimento para não afetar tanto o psicológico do aluno, que pode pensar que se não passar, vai decepcionar a família. O ideal é que não seja falado da conquista, como a vaga na faculdade, mas sim no esforço que ele tem ao estudar para conquistar tal feito”, complementa Geraldo sobre o impacto positivo que uma boa relação familiar proporciona ao estudante. “Mostrar ao filho que se sente orgulhoso ao ver o seu esforço e dedicação, independente da nota, é um ponto crucial e vai ajudá-lo a focar sua atenção nos estudos e diminuir a sua ansiedade”, finaliza o Psicólogo Infanto-juvenil.

Sobre a Kaizen Mentoria Educacional

A Kaizen Mentoria Educacional é uma empresa potiguar gerida pelos engenheiros civis Victor Cornetta e Gustavo Peralba. A empresa aplica um método de estudos que une planejamento pessoal personalizado e postura ativa em sala de aula. O objetivo é ensinar o aluno a estudar da melhor forma, para que ele tenha alto desempenho escolar e em processos seletivos como o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).

Geraldo Cavalcanti é psicólogo clínico, terapeuta cognitivo comportamental e especialista em neuropsicologia, com trajetória no cuidado à saúde mental do público infanto-juvenil e da sua relação com seus familiares. O profissional também atua como palestrante em conferências voltadas à temas relacionados ao desenvolvimento das emoções, das potencialidades pessoais e das relações interpessoais.

Flora Assaf é cientista social, professora e estudiosa em metodologias educacionais ativas. Atualmente é diretora pedagógica da Kaizen Mentoria Educacional.

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