Coluna Causos Potiguares | O Municipal não pode acabar! – Por José Holanda

Postado por Clistenes | 17/08/2020

Instagram: @Rebberty

Com o crescimento populacional da década de 70 em Pau dos Ferros, a escola 4 de Setembro não conseguia mais comportar as pessoas do município que almejavam estudar o Ginásio, como era chamado o ensino fundamental 2.

José Fernandes de Melo, então Prefeito, convidou a Professora Alzenita Rêgo para fundar uma escola do município que tivesse o Ginásio (quinta a oitava série). Dona Alzenita encarou o projeto, fundou e se tornou a primeira Diretora da escola Municipal Professor Severino Bezerra, o Municipal, que inicialmente funcionou em uma casa no antigo alto do açude, depois em um prédio da Avenida Independência enquanto a sede que conhecemos era construída e inaugurada na década de 70.

O Municipal já foi uma grande escola em Pau dos Ferros. De lá saíram várias gerações de profissionais de todas as áreas. Já teve tempos de glória nos jogos escolares. Grandiosas Feiras de Ciências. Vários prêmios de melhor escola do município.

Muitos professores memoráveis passaram por lá; Luizinha, Mazinho, Wilma, Aparecida, Paulinho, Edvaldo, Pedrina, Valzete, professora Auricélia entre (tantos) outros professores, vigias, merendeiras, profissionais de limpeza que nos transmitiram muitos ensinamentos pra a vida.

O Municipal tem a única quadra esportiva da cidade com as dimensões oficiais para a prática de Futsal. Hoje a escola está abandonada. Um patrimônio histórico que marcou tantas pessoas vem sofrendo com o descaso há anos.

Sua deterioração é sinal de como a Educação é vista pelas gestões, sejam elas recentes ou de décadas atrás. Se um símbolo arquitetônico (que é visível) está vergonhosamente abandonado, imagine aqueles que não podemos enxergar a olho nu.

O Município precisa lutar pela preservação de seu patrimônio e memória coletiva. Muitas histórias ainda podem ser contadas e recontadas nessa escola.

O Municipal não pode acabar !!

PS.: Importante ressaltar que esse descaso não começou agora e esse texto não é para uso politiqueiro.