Bulas Digitais: Anvisa aprova QR Codes nas embalagens de medicamentos

Postado por Clistenes |

As bulas dos remédios vão virar QR Code

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou uma nova regra que substitui as tradicionais bulas impressas dos medicamentos por versões digitais, acessíveis via QR Code. A medida promete revolucionar o modo como os pacientes acessam informações sobre os medicamentos que utilizam. Em vez das tradicionais bulas impressas, as embalagens dos medicamentos passarão a conter um QR Code. Ao escanear este código com um smartphone, os usuários serão direcionados a um site ou PDF com todas as informações habituais encontradas na versão de papel. Além disso, essa nova versão digital poderá incluir fotos e vídeos explicativos sobre como tomar o remédio, tornando as informações mais acessíveis e compreensíveis.

Inicialmente, o processo será testado apenas com medicamentos distribuídos em hospitais e aqueles de distribuição gratuita que não necessitam de prescrição médica. Este período de testes será realizado até 2026. Após essa fase, a Anvisa pretende expandir o modelo digital para todos os tipos de medicamentos. Os defensores da mudança apontam várias vantagens, como a personalização das informações, que pode ser atualizada em tempo real, refletindo as últimas pesquisas e regulamentações. Além disso, fotos e vídeos podem facilitar a compreensão de como tomar o medicamento corretamente, e a redução do uso de papel contribui para a preservação do meio ambiente.

Apesar das vantagens, a medida também gera controvérsias. Críticos argumentam que nem todos os brasileiros têm acesso a smartphones, o que pode dificultar o acesso às informações. Além disso, uma pesquisa indica que 81% da população brasileira é contra o fim da bula impressa, apesar de haver 258 milhões de smartphones em uso no país. A implementação dos QR Codes nas embalagens de medicamentos representa um passo significativo rumo à digitalização e modernização do setor farmacêutico. No entanto, é crucial que a Anvisa e outras autoridades considerem as preocupações relacionadas à desigualdade de acesso e trabalhem para garantir que todas as pessoas tenham acesso às informações necessárias sobre os medicamentos que utilizam.